Havia um tempo que só existiam
estrelas pequeninas brilhando e iluminando a Terra, e com isso, apenas
escuridão.
Certa vez, andando pela floresta,
uma cunhazinha de uma pequena tribo se encantou por uma estrela especial. Ela
se destacava de todas as outras devido à intensidade de seu brilho. Desde
então, a cunhã passava horas olhando e dançando em homenagem a estrelinha.
Muitos dos índios de sua tribo acreditavam
que ela estava provocando a ira dos deuses que davam comida e abrigo para a
aldeia. Reuniram-se com o cacique e pais da indiazinha para discutir o que
deveriam fazer, e decidiram que ela estava proibida de dançar, e se desobedecesse
seria severamente punida, porque ela estava colocando em risco toda a aldeia.
De nada adiantou alertá-la, pois
continuava dançando e desafiava a todos falando que aquela estrelinha ia
crescer até ser capaz de iluminar tudo o que existia.
Irritado, o chefe da tribo expulsou-a
da aldeia. A pequenina chorava muito, pois sabia que nunca mais veria sua
família. No meio da floresta parou perto de um riacho e viu sobre a água a
imagem da estrela. Com uma tristeza enorme, ela pulou de encontro ao reflexo e
nunca mais submergiu.
A noite começou a virar dia. Os
índios, assustados, cantavam e dançavam para seus deuses, procurando a
salvação. Aos poucos, estavam suando, morrendo de calor e de sede. A estrelinha
agora tinha um brilho tão forte que os índios que olharam para ela ficavam
cegos.
Dizem que a pequena índia está
com o astro rei. É só fechar os olhos quando o sol estiver bem forte e sentirá
alguém passando por volta dele.
Essa é uma das lendas contadas
pelos indígenas sobre o surgimento do Sol.
(Essa lenda nos foi lembrada por:
Rafael Silva – Corporate - DF e Vanessa Marques – 2 de Julho - BA)
Ilustração por: Danielle PioliART
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