É uma assombração que aparece de
dia nas estradas de Minas Gerais, fronteira com São Paulo, ou dentro das
pequenas matas. Veste roupa de duas cores e limita-se apenas a atravessar o caminho,
silenciosa, sem olhar para os lados nem para ninguém.
Segundo a lenda, na região, a
filha de um fazendeiro mantinha um namoro escondido com um escravo de seu pai.
Até que a moça engravidou e fugiu com seu amado para o quilombo.
A mãe do escravo com ódio do
acontecido resolveu fazer um ritual de macumba para que a criança não nascesse.
O fazendeiro contratou uma feiticeira europeia para que, também, o bebê não vingasse.
Mesmo assim uma linda menina veio
ao mundo, mas estranhamente com duas cores. A metade do corpo branca e a outra
metade morena, e por isso foi batizada com o nome de Branca Morena. A menina
sempre usava roupas de duas cores: preto e branco, vermelho e azul, verde e
rosa, etc.
Com medo do preconceito que a
criança sofreria, mesmo após a abolição da escravatura, seus pais nunca a
deixaram sair do quilombo. Porém, aos quinze anos de idade fugiu. Foi parar
numa cidade à noite. Entrou em uma casa sem bater, esbarrou em um vaso e fez o
maior barulho. O morador achando que se tratava de uma assombração diabólica
amarrou-a, colocou-a em um saco e em seguida a matou e jogou a pobre da menina na
estrada.
(Essa lenda nos foi lembrada por:
Patrícia Cristina - MG)
Ilustração por: Dane D'Angeli
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