A Tambatajá é considerada amuleto
do amor pela população amazônica ribeirinha. Sua lenda conta a história de um
amor imensurável entre um casal de índios de tribos inimigas. Uiná, belo e corajoso guerreiro da tribo
Taulipang e Acami, linda cunhã da tribo Macuxi.
Enfrentaram os costumes, fugiram
juntos, viveram felizes e nunca se separaram. Mesmo após a paralisia de Acami,
causada após a complicação no parto, do qual seu filho nasceu morto, seu
companheiro, Uiná, arrumou um jeito. Teceu uma tipóia e amarrou-a as suas
costas, levando-a para todos os lugares que andava.
Certo dia, porém, o índio sentiu
que sua carga estava mais pesada que o normal e, ao desamarrar a tipóia,
constatou que a sua esposa estava morta. Não havendo mais razão para viver, Uiná
enterrou-se com a amada.
Quando chegou a lua cheia, os
índios das tribos rivais encontraram apenas os adereços do casal e no local uma
moita de um verde brilhante jamais visto. Planta de folhas triangulares,
trazendo em seu verso outra folha de tamanho reduzido, cujo formato se
assemelha ao órgão genital feminino.
Foi assim que nasceu a Tambatajá,
do amor que venceu a morte e renasceu em uma planta. Os amazonenses costumam
cultivá-la atribuindo-a poderes místicos do amor.
(Essa lenda nos foi lembrada por
David Añaña - DF)
Ilustração por: Dane D'Angeli
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