O Sacizal Dos Pererês foi convidado pela Escola Espaço Barnabé para soltar um Saci no fechamento do projeto O Ser na Tradição. A soltura aconteceu em meio ao acampamento noturno intitulado "O Acampamento do Saci". Vejam como foi divertido:
A Soltura do Saci
O Sacizal Dos Pererês foi convidado pela Escola Espaço Barnabé para soltar um Saci no fechamento do projeto O Ser na Tradição. A soltura aconteceu em meio ao acampamento noturno intitulado "O Acampamento do Saci". Vejam como foi divertido:
Regulamento do Concurso Calendário do Saci 2016
REGULAMENTO:
1- O prazo para envio da sugestão é até dia 11 de setembro de 2015 (sexta-feira);
2- No documento de entrega deve constar:
2.1- Seu nome completo, cidade, telefone e e-mail para contato e medida de camiseta (p, m, g, gg, exg);
2.2- Nome e resumo sobre a lenda do personagem de sua escolha;
3- Não serão aceitos personagens publicados nos calendários anteriores, incluindo o Saci Pererê, Alamoa, Anhangá, A Acaiaca, A Cidade encantada de Jericoacoara, A Emparedada da Rua Nova, A lenda do açaí, A Lenda do Diamante, A lenda do Girassol, A lenda do Peixe-Boi, A Lenda do Sol, A Lenda dos Tuiuiús, A mulher de duas cores, A Mulher da Estrada, A Sereia de Meaípe, A Salamanca do Jarau, Barba Ruiva, Bicho Papão, Boi Pintadinho, Boitatá, Boto Rosa, Cabeça de Cuia, Cabra Cabriola, Calango Voador, Carranca, Ceuci, Chaga da Onça, Chibamba, Chico Boneco, Chico Rei, Chupa-Cabra, Cobra Honorato, Comade Fulozinha, Come Língua, Corpo-Seco, Cuca, Curiango, Curupira, Diabinho da Garrafa, Dom Sebastião, Dono da Luz, Gralha Azul, Guaraná, Iara, Iracema, João de Barro, Jurupari, Labatut, Lenda da Erva-mate, Lenda do Tepequém, Lobisomem, Macunaíma, Mãe da Mata, Mãe do Ouro, Mani, Mãozinha Preta, Mapinguari, Matinta Pereira, Muiraquitã, Mula sem Cabeça, Negro D'água, Negrinho do Pastoreiro, O Frade e a Freira, O Mesmo, O Pássaro de Fogo, Onça Maneta, Ôxenti - A Mulher do Beco, Papa Figo, Pé de Garrafa, Peida Brasa, Perna Cabiluda, Pisadeira, Porca dos Sete Leitões, Porca do Dente de Ouro, Romãozinho, São Sepé, São Tomé das Letras, Sapucaia Oroca, Serpente Encantada de São Luiz/MA, Tambatajá, Taina Can, Tarobá e Naipi, Tatus Brancos, Uakti, Uirapuru, Vaqueiro Misterioso, Velho do Saco, Vitória Régia e Zumbi dos Palmares.
4- Qualquer pessoa pode participar da promoção;
5- A divulgação dos ganhadores será dia 18 de setembro de 2015 (sexta-feira);
6- Entraremos em contato com os ganhadores e o prêmio será entregue pessoalmente ou por correio.
A lenda do Peixe-Boi
A tribo indígena Tükúna,
habitante do vale do Rio Solimões, realiza a tradicional cerimônia da Moça
Nova. É quando a índia passa da faze de criança para se tornar mulher. A festa
dura vários dias, o ritual usa tambores, máscaras, roupas coloridas, comidas,
bebidas e muita dança.
Um local especial é construído
para enclausurar a virgem. Na noite de lua cheia, que geralmente cai no
terceiro dia de festa, a índia é libertada e recebe conselhos das mais velhas sobre
como se comportar a partir dali.
A tribo conta que em uma dessas
festas, há milhares de anos atrás, o Pajé havia desconfiado que a cunhã já
estivesse de namorico com um curumim. No final da cerimônia, pediu para os dois
mergulharem nas águas do rio. Antes de levantarem a cabeça, o Pajé jogou em
cima de cada um deles uma tala de canarana. Quando voltaram à tona, haviam se
transformado em peixe-boi. A canarana até hoje é a alimentação preferida dos
peixes-boi.
Ilustração: Jader de Melo
Essa lenda nos foi lembrada por Vanusia da Silva - SP
Chico Rei
Ele era o rei bom e sábio de uma
tribo no reino do Congo, África. Foi capturado com toda a corte por
comerciantes portugueses e trazido, em um navio negreiro, como escravo para o
Brasil. Entre os membros da família, somente ele e seu filho sobreviveram à longa
viagem.
Todo o lote de escravos foi
comprado pelo proprietário da mina da Encardideira. Trabalhando, Chico - como o
chamaram no Brasil - conseguiu comprar sua liberdade e a de seu filho. Alguns
dizem que seu dono dava pedacinhos de ouro por seu esforço e obediência, outros
dizem que ele escondia o ouro no cabelo.
Aos poucos, conseguiu libertar
sua corte e outros negros. O grupo vivia em irmandade adquirindo, assim, a mina
da Encardideira, que diziam já não ter mais ouro na época. Mas em um sonho, Santa
Ifigênia avisou que poderiam continuar escavando que iriam achar o que desejava.
Os negros comandados por Chico-Rei, como passaram a chamá-lo, continuaram a
escavação encontrando bastante ouro.
Chico Rei virou monarca em Ouro Preto, antiga Vila
Rica em Minas Gerais no século XVIII. Ergueu a Igreja de Nossa Senhora do
Rosário, aonde iam
em procissão no Dia de Reis dançando e tocando tambores. Cortejo que deu origem ao Congado.
Ilustração: Jader de Melo
Essa lenda nos foi lembrada por Ana Paula Ferreira - DF
Uakti
Uma antiga lenda dos índios
Tukano, do Alto do Rio Negro, conta que existiu na terra um ser mágico chamado
Uakti, cujo corpo era repleto de buracos que, ao serem penetrados pelo vento,
produziam um som melancólico, mas tão encantador que atraia as mulheres da
aldeia, que com ele copulavam.
Os homens da aldeia, por despeito
e ciúmes de um ser tão estranho roubar suas mulheres, uniram-se para caçá-lo. Os
índios o mataram com tal veemência, que o estraçalharam enterrando os pedaços
próximos à aldeia.
No local, brotaram plantas
cilíndricas e longas, curiosamente ocas. O pajé resolveu fazer furos iguais ao
corpo de Uakti e, como esperava, o mesmo som saiu com ao passar o vento. Os índios deram conta que poderiam produzir instrumentos
daquela planta para seduzir as mulheres.
Existe um grupo brasileiro de
música instrumental chamado Uakit, conhecido mundialmente por utilizar
instrumentos musicais não convencionais, construídos pelo próprio grupo.
www.uakti.com.br
Ilustração: Jader de Melo
Essa lenda nos foi lembrada por Carlos Vinícius - DF
Lenda do Tepequém
A tribo Macuxi conta que um
imenso vulcão vivia sempre "zangado" e jogava as suas lavas queimando
tudo a sua volta. O fogo destruía a mata e os animais fugiam assustados.
Quando os índios já estavam
desesperados, por não haver mais o que caçar ou pescar, o pajé convocou a todos
da tribo para se reunirem. Em volta da fogueira, o pajé recebeu uma mensagem:
" Três virgens devem ser sacrificadas, só assim acabará a fúria do
vulcão".
As três mais bonitas virgens se ofereceram
para realizar o sacrifício em benefício do seu povo, e num ritual, atiraram-se
dentro do vulcão. Aceito o sacrifício, o vulcão parou de lançar suas lavas e,
em vez de fogo, começou a jorrar diamantes. O vulcão, hoje, é a grande Serra do
Tepequém, que tem a sua frente três lindas serras que representam as virgens
sacrificadas.
A Serra do Tepequém fica no
extremo norte de Roraima, seu nome é originado das palavras indígenas
"Tupã queem" que quer dizer "Deus do fogo".
Ilustração: Jader de Melo
Esta lenda nos foi lembrada por Jessica Rippel - Sacizeira
Alamoa
Os moradores de Fernando de Noronha contam que nas
vésperas de tempestades, por volta da meia noite, a Alamoa aparece na praia.
Ela é uma mulher linda, de cabelos longos e sempre está completamente nua. Seus
pés parecem não tocar o chão e seu corpo brilha como as estrelas.
Bailando, atrai e seduz as vítimas até sua morada, a
pedra do Pico. Ali o encanto acaba e a bela se transforma em um esqueleto
horripilante. Então, a fenda da pedra se fecha e o pobre homem nunca mais é
visto, apenas se escuta o eco dos seus gritos de pavor.
Seu nome significa o feminino de alemão, pois
conforme interpretação popular, mulher loira por aquelas bandas só poderia ser
alemã.
Alguns afirmam que é uma alma penada à procura de
um homem forte, que a ajude a desenterrar seu tesouro escondido.
Ilustração: Jader de Melo
Esta lenda nos foi lembrada por Fernando Ribeiro - DF
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