Conta-se que no Arraial do
Tijuco, hoje Diamantina, havia um frondoso cedro que os índios, tinham grande
veneração, chamado por eles de “Acaiaca”.
Certa vez, o rio Jequitinhonha inundou
toda a região. Escapou apenas um casal de índios, subindo na Acaiaca. Após as
águas baixarem, começaram a povoar novamente a terra. Por isso, os índios
acreditavam que se um dia a Acaiaca desaparecesse, a tribo também
desapareceria.
Sabendo desta superstição, os
tejuquenses, que viviam em constante conflito com a tribo, aproveitaram enquanto
os bugres festejavam o casamento da filha do cacique, a bela Cajubi, para derrubar e atear fogo na
majestosa Acaicaca.
Cumpriu-se então a profecia. Com
a tragédia, os membros da tribo começaram a brigar entre si, resultando em uma luta
sangrenta com muitos mortos. Nesta noite, uma tempestade caiu sobre o arraial destruindo
tudo. O cacique em fúria amaldiçoou todos os tejuquenses.
A partir do dia seguinte foi
encontrado diamantes, motivo do castigo. O sofrimento veio com as duras leis que
a Coroa Portuguesa impôs ao povo do Arraial do Tijuco.
Cajubi ficou encantada em forma
de onça. Aparecia andando ereta com a cabeça de uma onça, tentando impedir os
garimpeiros de coletar os diamantes.
(Essa lenda nos foi lembrada por
Niora Balbino - DF)
Ilustração por: Dane D'Angeli
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