Há muito tempo atrás, onde hoje fica
Belém do Pará, vivia uma tribo indígena muito grande. Como na época, os
alimentos tornaram-se insuficientes para alimentar toda a tribo, o cacique,
Itaki, determinou que as próximas crianças a nascer fossem sacrificadas.
Pouco depois, a filha de Itaki, a
linda Iaçã, deu a luz a uma menina, que não foi poupada do sacrifício.
Após vários dias enclausurada,
chorando e pedindo a Tupã que mostrasse ao seu pai outra solução para ajudar
seu povo, Iaçã ouviu o som de um bebê. A índia avistou sua filha ao pé de uma
palmeira e partiu para abraçá-la. Porém, a criança desapareceu misteriosamente
e a mãe chorou até desfalecer.
Na manhã seguinte, Iaçã foi
encontrada abraçada ao tronco da palmeira, com um sorriso, olhando o alto da planta,
que estava carregada de frutinhos escuros.
Ao colherem os frutos, perceberam
que seu suco resolveria a falta de alimento. Em homenagem a filha, o cacique
batizou o fruto de Açaí (Iaçã invertido) e partir deste dia, nenhuma criança
foi mais sacrificada.
(Essa lenda nos foi lembrada por
Élio Racy - DF e por Vanessa Marques - BA)
Ilustração por: Dane D'Angeli
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