Zumbi era negro e nasceu em Alagoas no ano de 1655.
Embora tenha nascido livre, foi capturado por volta de sete anos de idade. Entregue
ao padre jesuíta Antônio Melo, recebeu o batismo e ganhou o nome de Francisco. Aprendeu
a língua portuguesa, latim, álgebra e a religião católica, chegando a ajudar o
padre na celebração da missa. Porém, aos 15 anos fugiu de Porto Calvo para
viver no quilombo dos Palmares.
No quilombo, deixou de ser Francisco para ser
chamado de Zumbi - significa aquele que estava morto e reviveu, no dialeto de
tribo imbagala de Angola. Zumbi era muito respeitado e aos 25 anos se tornou
líder, substituindo o seu tio, então falecido, Ganga Zumba. Em sua liderança mostra
grande habilidade no planejamento e organização do quilombo, além de coragem e
conhecimentos militares.
A comunidade cresce e se fortalece, obtendo várias
vitórias contra os soldados portugueses. Nos quilombos, os negros viviam
livres, de acordo com sua cultura, produzindo tudo o que precisavam para viver.
Devido à grande dificuldade enfrentada por seus
inimigos para mata-lo, criou-se entre o povo, e entre o próprio quilombo, o
mito sobre a imortalidade de Zumbi. Por muito tempo gerava essa atmosfera
legendária de uma possível imortalidade concedida por seus deuses, que
supostamente lhe fecharam o corpo, dando-o muito poder.
Aos 40 anos, o herói foi traído por um de seus
aliados e acabou sendo decapitado e, por ordem do governador, teve sua cabeça
exposta em Recife, como uma prova de que a suposta imortalidade de Zumbi não
passara de uma lenda e de que Palmares, enfim tinha sido derrotado.
Zumbi dos Palmares é considerado um dos grandes
líderes de nossa história. Símbolo da resistência e combate à escravidão. Lutou
pela liberdade de culto, religião e prática da cultura africana no Brasil
Colonial. O dia de sua morte, 20 de novembro, é lembrado e comemorado em todo o
território nacional como o Dia da Consciência Negra.
(Essa lenda nos foi lembrada por: Flávia Fernandes
- DF)
Ilustração por: Danielle Pioli ART
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