É uma porca grande, sem pescoço, com tetas grandes e
pelancuda. Anda nas ruas de Teresina e outras cidades do Piauí, na escuridão da
noite, principalmente no dia 16 de março. É reconhecida por causa do brilhoso
dente de ouro.
Dizem que era uma moça bonita e namoradeira. Mas um dia, sua
mãe, cansada de ouvir o povo falar que sua filha vivia de namoricos, brigou
feio com a menina. Mas a mocinha atracou-se com a mãe e deu-lhe uma dentada no
rosto, que arrancou um pedaço.
Acabou ficando de castigo, trancada no quarto, mas,
enlouquecendo, não quis mais sair nem falar com ninguém. Não queria nem ver a mãe, que mesmo assim ia
deixar comida no quarto. Ao se sentir só, transformava-se em porca e saia à
meia-noite, empurrando um carrinho de pedra, assombrando o povo da cidade. Os
moradores da cidade contam que enquanto empurra o carrinho de brita, ela canta
gemendo: “Quero prata, quero ouro, quero moeda e pepita. Quem não tiver dez
moedas, pode me pagar com brita”. Para espantá-la as pessoas gritam “athymerê,
athymerê”.
Essa lenda foi lembrada por Ana Paula Almeida - Corpore BR -
DF
Ilustrado por: http://audazdesign.blogspot.com.br/
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